Como os Conflitos Entre Israel e Hamas Impactarão a Lucratividade da Petrobras?

 

Falar sobre a lucratividade da Petrobras em meio a eventos geopolíticos é um desafio gigantesco. Sabemos que os preços do petróleo são particularmente sensíveis a eventos no Oriente Médio, devido à região ser uma importante produtora e exportadora de petróleo. Conflitos, ameaças de bloqueios ou interrupções nas rotas de transporte de petróleo podem levar a uma redução na oferta global dessa importante commodity. Isso, por sua vez, pode resultar em aumentos nos preços do petróleo bruto nos mercados internacionais. Já vimos isso no passado, onde uma escalada nas tensões na região pode levar a picos de preços.

Já é difícil falar em lucratividade em empresas petrolíferas não estatais; o que esperar de uma estatal?

Para empresas estatais de petróleo, como a Petrobras, que dependem  da exportação de petróleo e da flutuação dos preços do mercado internacional, essas variações podem ter impactos significativos. Por um lado, um aumento nos preços do petróleo pode aumentar a receita da Petrobras, impulsionando seus lucros e, consequentemente, beneficiando seus acionistas. No entanto, isso também pode ser acompanhado por custos mais altos, incluindo subsídios aos preços dos combustíveis domésticos, em épocas de forte pressão inflacionária, o que pode reduzir a margem de lucro da empresa. Portatno, eventos imprevisíveis, como  decisões de políticas governamentais, podem ter o efeito oposto.

 

Boa notícia aos minoritários: O governo conta com  os dividendos para melhorar sua receita.

 Sabe-se que o governo federal detém mais de 50% das ações  com direito a voto, conferindo ao sócio majoritário uma posição de destaque na vida do acionista minoritário. No entanto, em anos recentes, o governo teve um vislumbre de como é benéfico obter receita além da cobrança de impostos, e isso se refere aos dividendos. A lição aprendida pelo governo é que as estatais, se bem gerenciadas, podem gerar renda extra para o governo, o que, por sua vez, beneficia não apenas o governo, mas também os acionistas minoritários.

Pressões de preço tem sua correlação invertida em certos períodos. 

Portanto, em uma empresa que tem sua política de preços de combustível voltada a atender às necessidades da sociedade, é de se esperar que em anos de baixa pressão inflacionária o lucro da empresa sofra um impacto positivo se houver a escalada de preços. Em anos de elevada inflação, no entanto, o impacto no lucro da empresa se torna incerto já o que o repasse de custos ao consumidor pode ter sua dinâmica comprometida. 

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