Se você está lendo este artigo, é porque se encontra diante da encruzilhada dos investimentos: de um lado, temos os investimentos imobiliários; do outro, os investimentos financeiros.
Como decidir qual caminho trilhar? Permita que alguém que já percorreu ambos os lados dessa bifurcação forneça alguns insights.
Quais são as Vantagens de Investir em Imóveis?
Vamos aos investimentos imobiliários e à principal vantagem de investir em imóveis: Isenção de impostos em imóveis residenciais. Em nenhum outro tipo de investimento é concedida uma isenção tributária no caso de ganho de capital como nos imóveis. Digamos que você comprou sua casa por R$ 100 mil há 20 anos e hoje está vendendo esse imóvel por R$ 1.2 milhões, que serão integralmente utilizados na compra de outro imóvel residencial. Sabe o quanto você deve de imposto neste caso? Zero! Isso ocorre, obviamente, não em todos os casos de imóveis, mas em alguns casos específicos. Normalmente, há uma isenção de imposto de renda sobre o ganho de capital quando o valor obtido com a venda de um imóvel residencial é utilizado para a compra de outro imóvel residencial no país, desde que alguns critérios sejam atendidos:
- O imóvel vendido seja residencial.
- O novo imóvel seja residencial.
- O contribuinte não tenha alienado, nos últimos cinco anos, outro imóvel residencial com isenção de imposto de renda.
- O valor da venda seja utilizado integralmente na aquisição do novo imóvel, dentro de um prazo específico.
É importante consultar um contador ou advogado tributarista para obter orientações precisas e atualizadas, pois as leis tributárias podem variar e podem ocorrer mudanças nas regras fiscais. Mas essa isenção é, de fato, ao meu ver, o grande atrativo para quem está pensando em investir em um imóvel próprio.
Vamos abordar a segunda grande vantagem de investir em imóveis: a possibilidade de receber periodicamente o aluguel. Nesse caso, embora não haja isenção tributária por parte do investidor de imóveis, a atratividade de uma renda passiva, aquela que você recebe mesmo sem estar trabalhando, é muito interessante para não ser considerada pelo investidor. Além disso, quando bem escolhidos, os imóveis funcionam como um porto seguro em tempos de crises e ameaças inflacionárias. Isso se deve ao fato de possuírem um ativo tangível de alto valor abaixo deles: a terra, que tende a se valorizar ao longo do tempo.
Quais são as desvantagens de se investir em imóveis?
A principal dificuldade nos imóveis é esta: a manutenção. Enquanto a terra abaixo deles não deprecia, os imóveis sofrem uma depreciação gradual e constante, o que requer que o investidor esteja sempre gastando, seja com um reparo na alvenaria, uma fiação que se rompe, ou aquele vazamento que ninguém sabe de onde vem. Isso faz com que o investidor tenha que estar sempre reinvestindo parte do rendimento, além de se envolver pessoalmente na manutenção.
Outra desvantagem em investir em imóveis é a possibilidade de inadimplência. Atualmente, está mais fácil contornar esse problema, com os seguros de locação, seguro fiança, entre outros. Entretanto, ao contratar um seguro fiança, há um custo adicional, o que afeta o rendimento do aluguel e, dependendo da nota de crédito do locatário, pode tornar inviável o aluguel contratado com seguro. Portanto, é sempre importante levar a sério a possibilidade de inadimplência e tomar medidas para evitá-la.
Em suma, ao investir em imóveis, temos a vantagem da possibilidade de isenção fiscal no caso de uma possível venda. Adicionalmente, temos a possibilidade de geração de renda passiva. Soma-se a isso o fato de que os imóveis representam um porto seguro em momentos de crise. No entanto, as desvantagens são os altos custos e complexidade de manutenção, aliados às possibilidades de inadimplência. E quanto ao outro lado da encruzilhada dos investimentos? O lado dos investimentos financeiros? Leia o artigo que está em destaque logo acima clicando na imagem.
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