Abordamos no post anterior alguns motivos "matemáticos" para manter uma carteira diversificada. Agora, discutiremos:

Como criar uma carteira diversificada?

O passo mais importante é começar com a análise do perfil do investidor e sua tolerância ao risco, pois o projeto de diversificação está intimamente ligado ao perfil de risco do investidor. Para famílias que possuem uma boa renda mensal de outras fontes, podemos optar por uma estratégia de crescimento de patrimônio. Enquanto para famílias que dependem dos rendimentos dos fundos, podemos buscar estratégias de geração de renda.

O segundo passo é determinar o horizonte de tempo que deseja alocar  sua carteira. Esta etapa pode ser desafiadora, já que muitas vezes superestimamos o tempo que podemos manter um investimento e corremos o risco de vender ativos antes do prazo devido a imprevistos ou novas oportunidades. 

Em seguida, considere os tipos de diversificação disponíveis: diversificação de moeda, diversificação de ativos, diversificação setorial, diversificação de prazos, diversificação geográfica, entre outros.

Por onde começar o proejto do meu patrimônio?

Comece com o que você já possui e adapte as estratégias de acordo com seu perfil.

Estratégia da Pirâmide: A estratégia da pirâmide é adequada para investidores que dependem de seus investimentos como fonte de renda. A base é composta por ativos menos arriscados, como imóveis e ativos físicos fornecendo estabilidade. No nível intermediário, encontramos ativos de renda fixa, enquanto no topo estão os ativos de maior risco, equilibrando o potencial de retorno com a segurança da base. Essa abordagem oferece um sistema escalonado de investimento para atender às necessidades de famílias com um perfil conservador e moderado.

Estratégia da Pirâmide Invertida: É indicada para famílias com renda proveniente de outras fontes de negócios, permitindo maior tolerância ao risco e priorização do ganho de capital em detrimento da segurança. Consequentemente, uma parcela significativa do patrimônio está alocada em ativos de risco. Destinadas aos perfis arrojado e profissional.

Estratégia Equilibrada: Consiste em dividir o patrimônio em duas partes, criando uma alocação equilibrada entre o mercado financeiro e ativos físicos. A proporção ideal depende das necessidades de rendimento e do apetite pelo risco da família investidora. Pode ser utilizada em todos os perfis de investimento.

Em resumo, não existe uma fórmula matemática definitiva para determinar a melhor alocação de portfólio para um investidor. Embora Graham tenha sugerido uma fórmula de 50-50, que eu respeito muito, eu diria o seguinte:  evite investir quantias que você não pode se dar ao luxo de perder em ativos de risco e em ativos com os quais você está menos familiarizado.

Se você precisar de um analista CNPI para lhe ajudar a desenhar o portfólio de sua empresa ou família, entre em contato comigo.