Resultados da B3 no 3º trimestre de 2023. Confira.
Acompanho atentamente a trajetória da empresa B3 como acionista e analista, considerando-a uma das companhias mais intrigantes para monitorar, pois proporciona insights valiosos sobre os bastidores do mercado. Ao analisar os relatórios, observa-se que a empresa enfrentou desafios consideráveis para igualar os resultados do ano anterior, principalmente devido à demanda mais fraca por ativos de risco. No entanto, mesmo diante desses obstáculos, a B3 demonstra resiliência ao compensar as perdas em um setor com ganhos em outro. Destaco que os pontos altos da empresa emergem, notadamente, nos segmentos de renda fixa corporativa e governamental. É relevante ressaltar que a empresa emitiu debêntures em outubro, indicando que estaria aproveitando uma janela de oportunidade no mercado.

Gráfico de Juros com vencimento em 2032. Fonte: ADVFN

Como vemos, essa emissão de debêntures ocorreu em um momento de alta de taxas, o que significa que a empresa deverá pagar uma remuneração maior por longos anos.  O que isso quer dizer? Acredito que poderíamos ter segurado a recompra de ações e utilizado o capital para a manutenção de caixa, aguardando uma queda de juros no mercado para a emissão de dívidas.

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Confira alguns destaques do terceiro trimestre da empresa B3:

 

  1. Cenário Econômico e Internacional:

    • O desempenho do mercado à vista de ações no Brasil foi impactado não apenas por fatores internos, como a taxa de juros, mas também por influências do cenário externo e sazonalidade devido às férias no hemisfério norte.
    • A desaceleração nos mercados globais de ações e renda variável reflete uma redução do apetite ao risco por parte dos investidores, possivelmente devido a mudanças no cenário econômico internacional.
  2. Volume Financeiro e Derivativos:

    • Houve uma queda no volume financeiro médio diário negociado, indicando uma diminuição nas atividades de negociação no mercado à vista de ações no Brasil.
    • No mercado de derivativos listados, apesar da queda no volume médio diário negociado, houve um aumento significativo em comparação com o mesmo período do ano anterior.
  3. Resultados Financeiros:

    • O lucro líquido recorrente atingiu R$1,2 bilhão, mantendo-se estável em relação ao mesmo período do ano anterior, mas com uma ligeira queda em comparação com o trimestre anterior.
    • Distribuições trimestrais, incluindo recompras, dividendos e juros sobre capital próprio, totalizaram R$1,3 bilhão.
  4. Mercado de Ações e Renda Variável:

    • Queda no volume financeiro médio diário negociado de ações à vista, atribuída a um cenário internacional desafiador e à redução do apetite ao risco nos mercados globais.
    • Nos contratos futuros de índices, a redução no número médio de contratos foi compensada por um aumento no volume diário negociado, impulsionado pela volatilidade no trimestre.
  5. Emissões e Estoque no Mercado de Captação Bancária:

    • Crescimento nas emissões e no estoque médio de instrumentos de captação bancária, principalmente de DIs e CDBs.
    • Aumento nas emissões de outros instrumentos de renda fixa, notavelmente no mercado imobiliário e no agronegócio.
  6. Renda Fixa e Tesouro Direto:

    • Crescimento contínuo no Tesouro Direto, destacado pelo aumento no número de investidores e no estoque médio.
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