O Banco do Brasil concentra seus esforços nas áreas de crédito agrícola e seguros.

Quando considero o perfil da família média brasileira, que valoriza o atendimento presencial e busca relacionamentos de longo prazo, fica evidente que o banco possui uma vantagem competitiva.  Freqüentemente, pergunto aos meus clientes: onde você se sente mais seguro para poupar, em um banco digital ou em um banco tradicional? A maioria das respostas me leva a acreditar que os bancos digitais são preferidos para transações rápidas, porém, as instituições com agências físicas mantêm conexões pessoais duradouras com as famílias, formando laços difíceis de serem quebrados. Ao discutirmos o Banco do Brasil, é importante considerar o risco político, uma vez que o governo é o principal acionista, e declarações governamentais podem impactar o preço das ações, causando certa apreensão. Isso justifica o desconto nos múltiplos do Banco do Brasil em relação aos seus pares.

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O Banco do Brasil apresentou seus resultados trimestrais e eu separei alguns números como destaque
  • O Banco do Brasil registrou lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões no 3T23, mantendo-se estável no trimestre e com crescimento de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. O RSPL anualizado alcançou 21,3%.

  • No trimestre, o resultado foi influenciado pelo bom desempenho comercial e pelo crescimento das carteiras de crédito e da tesouraria, que impactaram positivamente a margem financeira bruta (+3,5%). Receitas de prestação de serviços (+1,7%) também aumentaram, influenciadas, principalmente, pelas linhas de administração de fundos, produtos de seguridade, consórcios e mercado de capitais. No entanto, a despesa de PCLD ampliada aumentou (+4,7%), impactada pelo aumento do risco de créditos de empresas do segmento large corporate que entraram com pedido de recuperação judicial em janeiro de 2023, saindo de risco G (70%) para o risco H (100%). As despesas administrativas foram controladas (+1,5%), refletindo a gestão adequada dos contratos e os investimentos na transformação digital do Banco.

  • Na comparação dos nove meses acumulados (9M23/9M22), o lucro líquido ajustado foi de R$ 26,1 bilhões (+14,0%). Os principais destaques incluem o desempenho da margem financeira bruta (+30,4%), influenciada pelos bons resultados da carteira de crédito e dos títulos e valores mobiliários alocados em tesouraria; crescimento das receitas de prestação de serviços (+5,0%), notadamente nos segmentos comerciais de consórcio e seguros; elevação de 32,5% no resultado de participações em controladas, coligadas e JV; aumento de 101,2% nas despesas de PCLD ampliada; e crescimento das despesas administrativas (+8,0%).

  • Além disso, no 3T23, a Margem Financeira Bruta (MFB) totalizou R$ 23,7 bilhões, com um crescimento trimestral de 3,5%. As receitas de prestação de serviços somaram R$ 8,7 bilhões no 3T23, aumentando 4,6% na comparação com o trimestre anterior (2T23). Esse crescimento foi impulsionado pelas linhas de seguros, previdência e capitalização (+10,6%); administração de fundos (+5,7%); e consórcios (+8,6%), com mais de 159 mil novas cotas comercializadas com um volume de negócios de R$ 12,0 bilhões em um trimestre. O Índice de Basileia foi de 16,24% em setembro de 2023.

  • O Banco do Brasil (BBAS3) aprovou a distribuição de R$ 291.052.643,24 a título de remuneração aos acionistas sob a forma de dividendos e R$ 1.958.323.968,37 sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), ambos relativos ao terceiro trimestre de 2023.
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