COP28: Desafios Climáticos, Promessas Pendentes e Pressões Econômicas

Mais de 190 governos estão reunidos em Dubai para a COP28 da ONU, focando no clima e no aumento da temperatura global.

Com isso, a COP debate nova meta financeira para ajudar países em desenvolvimento a abandonar combustíveis fósseis. A questão de perda e dano permanece em discussão, com destaque para o financiamento para enfrentar danos irreparáveis causados pelas mudanças climáticas.

Estarão em destaques neste encontro os acordos prévios que foram assinados mas nunca saíram do papel, e que agora devem ser cobrados pelos chefes de estados de países emergentes, como foi o caso do Presidente Lula, que em seu discurso lembrou das promessas feitas de R$100 bilhões anuais em auxílios para mitigar o efeito em nações mais pobres e que não foram cumpridas. O presidente Lula cita:

"É inaceitável que a promessa de 100 bilhões de dólares por ano assumida pelos países desenvolvidos não saia do papel enquanto, só em 2021, os gastos militares chegaram a 2 trilhões e 200 bilhões de dólares."

Na minha perspectiva, os países desenvolvidos enfrentam pressões fiscais com déficits acima do limite tolerável. Vejo suas promessas cada vez mais desafiadoras de cumprir, dada a pressão financeira em seus orçamentos, semelhante à situação do Brasil.

 

Fonte: IMF

 Adicionalmente, identificar um responsável pelo aumento na temperatura global, no caso, a queima de petróleo, é, em minha opinião, algo impreciso. Embora a queima de petróleo contribua para a poluição ambiental, é crucial notar que já existem tecnologias que eliminam boa parte das emissões de CO2 resultantes da queima do petróleo. Afirmar que a solução para nosso planeta está em uma bateria de cromo-níquel seria prematuro. Surgem questionamentos sobre os potenciais vazamentos desses metais pesados em nossas nascentes. Além disso, onde tudo isso irá parar? Eu lhe digo onde: na exploração de metais nobres em uma floresta virgem do estado do Amazonas. Enquanto a exploração de petróleo no pré-sal, o uso de tecnologia de filtros de CO2, como a melhor alternativa ecologicamente e economicamente viável já foi descartada.

Conforme indicado pelo presidente Lula, realocar parte do orçamento militar para combater o aumento da temperatura poderia ser uma solução, evitando o aumento da complicada relação endividamento/PIB das nações. Parece que o mundo está se preparando para uma guerra, mas contra o inimigo errado.

 

 

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