Com tantas coisas acontecendo no mundo dos investimentos, a empresa Vivo não podia ficar de fora. Hoje, sábado, dia 04 de março de 2023, eu acordei com a notícia de que a Vivo comprou a empresa Vale Saúde Sempre para turbinar a receita digital. Eu tive acesso a essa notícia em um jornal escrito pelo Pedro Arabex e também fiz algumas checagens na internet, descobrindo assim que realmente a Vivo acaba de comprar a Vale Saúde Sempre.
Quem é a Vale Saúde Sempre?
A Vale Saúde foi fundada pelo seu Eduardo Brigagão, em 2011. Brigagão trabalhou em uma série de empresas de primeira linha antes de fundar a Vale Saúde, como a Lemon Bank e o Citibank. Esse senhor de mais de 70 anos, descobriu um nicho de mercado focado no público que não quer depender do SUS e que não tem condições de estar pagando um plano de saúde completo. Ao que tudo indica, uma faixa da população que engloba mais de 100 milhões de brasileiros.
Navegando no site da empresa adquirida, descobri que ela tem planos de assinatura mensais bem econômicos, que começam a R$39,90 e chegam a R$59,90. Os planos dão acesso à telemedicina, que são consultas no formato digital com médicos qualificados, 24 horas por dia, sete dias por semana. O que é bastante interessante, ainda mais quando consideramos que podemos ter acesso a uma rede particular de qualidade em algumas cidades do Brasil.
Em seu site, a empresa se denomina uma empresa de meios de pagamento no segmento de saúde, que conecta clientes a uma rede de atendimento completo.
"Não somos administradores de plano de saúde; somos uma alternativa entre a rede pública e planos de saúde".
Por que será que a Vivo estaria interessada em comprar uma empresa de saúde?
A Vale Saúde é uma startup que oferece assinaturas com benefícios de descontos em consultas e exames e que talvez venha a turbinar o ecossistema digital da operadora de telecom.
Será que a Vivo investiu o que não poderia ter investido nessa aquisição?
Olhando pelo lado estritamente financeiro, vemos que essa transação está sendo estimada em R$60 milhões. Para verificarmos se essa transação põe em risco a saúde financeira da empresa, eu entrei no site da Vivo e observei as demonstrações financeiras mais recentes. Quando verificamos esses documentos, percebemos que o fluxo de caixa livre após pagamento de leasing, no caso da Vivo, é de 816 milhões só no quarto trimestre de 2022, e no ano inteiro de 2022 temos um fluxo de caixa livre de 7 bilhões. Então, tudo indica que a empresa tem condições de arcar com os 60 milhões e que essa aquisição não é um problema de ordem financeira para a Vivo.
Obs: Faço alguns outros testes, de ordem de qualidade financeira, no video do Youtube.
Como será o ganho de sinergia da Vivo?
Não ficou claro para mim como uma empresa de telecom irá abordar os clientes de saúde para realizar as suas vendas. No entanto, pode ser que essa aquisição traga uma sinergia com os clientes da Vivo, é ao menos o que aposta o CEO da empresa: Christian Gebara.
Segundo Gebara, a Vivo terá um mercado bastante amplo para ser explorado, sobretudo quando consideramos a atual base de clientes que está na casa de 60 milhões de usuários.